Espaço Ciência

Expedição Saberes da Mata Atlântica

Na época da chega dos colonizadores portugueses ao Brasil, a região costeira do país era coberta por uma densa e exuberante floresta que se estendia a uma área superior a 1,3 milhão km². Depois de mais de 500 anos, esta região de influência da Mata Atlântica, distribuída ao longo de 17 estados brasileiros e que concentra cerca de 60% da população brasileira, aproximadamente 124 milhões de pessoas, está reduzida a próximo de 7% da sua área original.

Segundo a ONG Conservation International, a Mata Atlântica está entre as cinco principais áreas do planeta de maior diversidade biológica e, ao mesmo tempo, mais ameaçadas. Vários foram os ciclos que determinaram a destruição da Mata Atlântica, como o da exploração da madeira, do ouro, da cana-de-açúcar, do café e mais recentemente, em função da ocupação demográfica nas áreas urbanas.

Este cenário de perda de biodiversidade já mostra a sua face de exaustão, vítima da ação humana, em uma era que uma única espécie, a Homo sapiens, ameaça a sobrevivência de várias outras espécies. Os resultados dessa destruição da floresta já podem ser sentidos pelo desequilíbrio climático, secagem de várias fontes d`água, perda de culturas e tradições humanas, extinção de espécies em que a ciência não teve ao menos tempo de conhecer.

Exibição de filme durante a Expedição Saberes da Mata Atlântica

Tentar compreender como a redução da área florestal está afetando a nossa vida, conhecer a importância ambiental e social de espécies da flora, da fauna e do universo microscópico que habitam a floresta antes de serem extintas, e propor o uso sustentável da biodiversidade; têm sido alguns dos desafios de cientistas de vários campos do conhecimento. Nesta engrenada em busca da vida, o saber popular também se mostra forte aliado, uma vez que através das gerações, o homem ao se lançar na floresta em busca de sua sobrevivência aprendeu vários benefícios oferecidos pela biodiversidade, como alimentos e medicamentos.

A exposição “Saberes da Mata Atlântica” busca o diálogo entre os cientistas e a sociedade, popularizando o conhecimento científico ao passo em que também se alimenta do saber popular, de forma a buscar soluções conjuntas para desafios socioambientais.

O Saberes da Mata Atlântica tem o apoio financeiro da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e parceria com a Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Viçosa, o Instituto Estadual de Floresta e o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro.

Bioprospecção

A atividade de bioprospecção é definida como a pesquisa sistemática para a busca de compostos químicos, genes, micro e macrorganismos e outros produtos naturais disponíveis para seu potencial uso nas indústrias farmacêutica, agrícola e biotecnológica, de forma a obter novos produtos e processos que apresentem elevado valor comercial.

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Plataforma-Mapa


A atividade de bioprospecção é definida como a pesquisa sistemática para a busca de compostos químicos, genes, micro e macrorganismos e outros produtos naturais disponíveis para seu potencial uso nas indústrias farmacêutica, agrícola e biotecnológica, de forma a obter novos produtos.

Espaço Ciência

Toda esta diversidade de plantas das florestas tropicais ainda é pouco conhecida pelos pesquisadores.
Dados recentes indicam que menos de 1% dessas espécies vegetais foram investigadas cientificamente no campo da medicina.

Neste universo, várias moléculas presentes nestas plantas são totalmente desconhecidas do ponto de vista da química e quanto ao seu potencial como fármaco ou outros produtos de interesse para a sociedade.

BioPESB

Programa de Bioprospecção e Uso Sustentável dos Recursos Naturais da Serra do Brigadeiro


O Programa envolve vários projetos do grupo de pesquisa também intitulado BioPESB, reconhecido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. O BioPESB reúne pesquisadores e extensionistas de diferentes áreas da ciência que atuam, de forma conjunta, no campo da bioprospecção e uso sustentável dos recursos naturais de áreas remanescentes da Mata Atlântica local.

Além da importância de se estudar a biodiversidade da Mata Atlântica, o fato de as pesquisas do BioPESB serem focadas na região da Serra do Brigadeiro, com delimitações geográfica e sócio-demográfica do espaço de atuação, se deve a criação de uma relação de compromisso e confiança entre os atores envolvidos, contribuindo para a gestão integrada das atividades.

Conheça o site do BioPESB